Histórico

Em 1994, abnegados cidadãos passaram a reunir-se na biblioteca municipal Martinico Prado com intuito de criarem a “Comissão da Biblioteca Municipal”, objetivando incrementar as atividades e o acervo da biblioteca.
Com o decorrer das reuniões, decidiu-se pela criação de algumas subcomissões e, entre elas, que foi denominada “Círculo de Divulgação Ecológica”, visando criar um acervo de caráter ambiental e desenvolver projetos que viessem conscientizar a comunidade da necessidade da preservação do meio ambiente. Entre os membros componentes do círculo estavam os engenheiros José Salim Chaib de Oliveira, José Maria Baptista de Souza, Prof. Sizuo Matsuoka, Prof. Edson Leme, Prof. Rubsmar Stolf, Nelson Assumpção filho, veterinário João de Mello e outros.
O círculo começou então a discutir um plano de trabalho e decidiu-se por desenvolver um projeto de recomposição das matas ciliares de araras, pois era sabido que nosso município, devido as suas características geológicas, é pobre em reserva de águas subterrâneas, tendo, tendo-se a necessidade de preservar as águas superficiais de abastecimento público. E as matas ciliares são primordiais na preservação dessas águas.
Os engenheiros José Maria de Souza, Prof. Sizuo Matsuoka, Prof. Edson Leme, se encarregaram de elaborar o projeto técnico denominado “Projeto Margem Verde” – Recomposição e Preservação das Matas Ciliares e Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Araras – que prevê o plantio de 1.600.000 mudas nativas em 700 hectares de matas ciliares degradadas.


Assinatura de Contrato com FEHIDRO para liberação de verba para o projeto Margem Verde.
(Foto: Divulgação/PMA - 01/09/1999)

Assinatura de Contrato com FEHIDRO para liberação de verba para o projeto Margem Verde.
(Foto: Divulgação/PMA - 01/09/1999)

Para divulgar o Projeto Margem Verde junto a mídia, o Círculo de Divulgação Ecológica trouxe a Araras no dia 08.03.1996 o maior conhecedor de plantas brasileiras e de reflorestamento, respeitado no exterior, o engenheiro agrônomo Harry Lorenzi, que proferiu no tetro estadual a palestra “Uso de Essências Nativas para Reflorestamento”.
Posteriormente o circulo sentiu a necessidade e a importância de ser criada uma organização não governamental que viesse a dar estrutura mais sólida e permanente ao Projeto Margem Verde e a outros que pudessem ser elaborados.
Com isso, nasceu oficialmente em 17.05.1996 a APPA - Associação de Proteção e Preservação Ambiental de Araras, uma entidade civil interessada na proteção ambiental e preservação de recursos naturais.
Em 19/08/1998 foi aprovado a lei municipal nº 2977 que permitiu o estabelecimento de parceria com a Prefeitura Municipal para o uso de instalações para suas atividades . Esta união foi de fato positiva e proporcionou o encaminhamento de ações inovadoras, como a instalação de viveiros de mudas nativas, o recebimento de estufa e borbulheira de citrus o que produziu  ganhos  aplicados no projeto margem verde. Dentre as ações inovadoras cita-se como especial,  as parcerias; com a APAC – Associação de Proteção e Assistência Carcerária, na utilização de detentos junto aos viveiros na formulação de mudas.
                A APPA marcou seu tempo e se fez presente, tempo em que o Estado introduzia as Políticas Públicas, como entidade nascida no seio da sociedade pública, sem fins lucrativos, e apolítica partidária.
 No entanto, com o objetivo de ajustar-se aos dias de hoje, período ao qual  bate as nossas portas as conseqüências do efeito estufa,  ao tempo em que a  sociedade civil ainda não se faz representar na dimensão necessária, nossa entidade reinicia as atividades, desta feita, independente, com a mesma abordagem  técnica, buscando inserir-se à comunidade de forma mais efetiva.